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Conto: A Vida se Encarrega de Dar a Lição



       Olá pessoa! Hoje iremos falar sobre preconceito. Que geralmente acontece na própria famíla. Mas a vida é muito sábia e se encarrega de dar a lição. Não deixe de conferir  essa emocionante história de superação e perdão!


        Era uma noite de verão, Pedro, nosso grande amigo chegara para a festa. A casa estava cheia, vespera de ano novo, Pedro era amigo da família, mamãe praticamente o criou, pois seus pais faleceram num acidente de carro quando ele tinha quinze anos. Fui criado com ele desde então.
Ele trouxera um rapaz de nossa idade, de uns trinta anos. Moreno alto, cabelo bem cortados, corpulento, olhos cor de mel, bem apresentavel, nós nunca haviamos visto esse rapaz e Pedro não nos avisou que traria esse rapaz. Claro, ninguém nem ligou para isso, eu fui criado tendo a casa cheia. Sou o segundo filho de cinco irmãos, além dos agregados, como Pedro.
Assim que entraram, ele, educadamente, interrompeu a todos nós que falavamos como tagarelas sem nem nos dar conta de que tinha, além dele mais alguém:
- Gostaria de apresentar o César Augusto para vocês! - falou ele. Em seguida, Pedro coloca a mão no ombro de César carinhosamente- O meu noivo!
Todos ali presente espantaram-se com a noticia, principalmente eu, meu rosto de branco, passou para vermelho de raiva. Nunca em nossa família havia um homossexual, mamãe nunca demonstrou preconceito, mas também nunca havia nos orientados sobre o assunto, acho que porque a época e os costumes não permitiam certos assuntos, como sexos, sexualidade, entre outros.
-Gays? Você virou gay, Pedro?  - perguntou  minha irmã mais velha sem intender
- Eu sempre fui, mas nunca me assumi assim. - falou ele- Sempre senti atração por homens, mas nunca tive coragem de contar a niguém. Ai tomei a coragem de contar!
Eu, sinseramente, não ouvira uma só palavra que ele disse depois do "contar", só o que eu pensava era na nossa infancia que tomavamos banho juntos, na nossa adolecencia que ficavamos a sós em casa, aquilo foi dando um nojo de mim mesmo. Eu deixava meus dois filhos pequenos com ele. Então eu gritei:
- Chega! Chega dessa palhaçada! Eu quero os dois fora da minha casa! Agora! Viados aqui nunca!
- Mas, Rafael! - ele apelou para mim  com os olhos de piedade e eu não conseguia ver nada além de dois impuros no meu lar.
Minha mãe tentou impedir, até minha esposa pediu para que eu não fizesse isso, mas eu fui muito intolerante naquele momento e os expulsei como cachorros sarnentos.
A vida ela é muito justa e ela nos julga e condena ou absolve de nossos atos, comigo ela me "castigou", digo isso em entre aspas porque não considero mais um castigo, mas sim uma benção. Minha filha, Julia, se assumiu homossexual aos catorze anos, ela fez a mesma coisa que Pedro fez, trouxe a namorada na noite de ano novo.
A minha reação foi chorar, pois ali eu percebi que o feitiço virou contra o feiticeiro. Como que eu, o pai daquela menina poderia expulsa-la de casa? Nunca que eu faria isso, e por isso eu tive que aprender pela dor que mesmo com as diferenças todos são seres humanos, filhos da mesma Divindade.
Eu que não falava com Pedro a cinco anos, fui atrás dele para pedir perdão. Assim que cheguei em seu lar, ele abriu a porta e assim que me viu, abriu os braços, contente e disse:
- Meu velho amigo e irmão, que bom recebe-lo em meu lar! Achei que nunca viria tomar um café comigo mais!
Naquele istante eu chorei nos braços dele, pedi perdão. Descobri que ele já nem se lembrava daquela noite. Abrecei o marido dele e ficamos a tarde inteira a conversar.

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