Blog: Estúdio Literário
Resenha: Precisamos falar sobre o Kevin
Autor (a): Lionel Shriver
Editora: Intrínseca
Ano de Lançamento (Brasil): 2012
Gênero: Adolescentes (meninos), Ensino Secundário, Massacre, Ficção.
Sinopse: Para falar de Kevin Khatchadourian, 16 anos – o
autor de uma chacina que liquidou sete colegas, uma professora e um servente no
ginásio de um bom colégio do subúrbio de Nova York –, Lionel Shriver não
apresenta apenas mais uma história de crime, castigo e pesadelos americanos:
arquiteta um romance epistolar em que Eva, a mãe do assassino, escreve cartas
ao marido ausente.
Nelas, ao procurar porquês, constrói uma
reflexão sobre a maldade e discute um tabu: a ambivalência de certas mulheres
diante da maternidade e sua influência e responsabilidade na criação de um
pequeno monstro.
Precisamos falar sobre o Kevin discute
casamento e carreira; maternidade e família; sinceridade e alienação. Denuncia
o que há de errado com culturas e sociedades contemporâneas que produz em assassinos mirins em série e pitboys.
Um thriller psicanalítico no qual não se indaga
quem matou, mas o que morreu.
Enquanto tenta encontrar respostas para o
tradicional onde foi que eu errei? a narradora desnuda, assombrada, uma
outra interdição atávica: É possível odiarmos nossos filhos?
Olá pessoal, tudo certinho?!
Hoje vamos falar um pouquinho sobre Kevin!
“Um livro obrigatório por inúmeras razões; uma bofetada a cada página. Nunca gostei de apanhar, mas este livro me nocauteou e ainda terminei dizendo: Quero mais.” – O Globo
Sinceramente não sei por onde começar, para falar
desse livro, Bom precisamos falar sobre Kevin narrará a vida de Eva
Khatchadourian, sua vida, seu emprego, seus gostos, seu casamento com Franklin
e principalmente seu relacionamento com o filho Kevin, que é um psicopata.
Pronto falei! Ele é um psicopata e matou um monte de gente, e o ponto mais brilhante
dessa história é o por quê? E Eva está em busca desse por que, ela perdeu
absolutamente tudo, família, amigos, a empresa que ela tanto amava, enfim sua
vida, e ela está devastada com os acontecimentos da tal “quinta-feira”.
Em busca deste por que ela começa a escrever cartas
para Franklin, que não está mais com ela, e é assim que a história é narrada do
inicio ao fim, temos a história do casamento de Eva e Franklin, a decisão em
ter um filho, a gravidez, o nascimento e o crescimento de Kevin, E sua vida
atual depois de tudo o que Kevin fez. A única crítica que tenho a fazer é o inicio
do livro, acho que o livro se prende muito na fase infantil de Kevin, mesmo
sendo interessante torna-se um pouco enfadonho, e a leitura fica um pouco arrastada,
porém tirando esse excesso de folhas, vamos dizer assim é uma história extraordinária.
A Eva está completamente destruída psicologicamente,
por toda sua convivência com Kevin, principalmente nos últimos anos de vida,
Kevin sempre foi uma criança, problemática, mesmo sendo muito inteligente, tive
a impressão que ele usava toda sua inteligência para atormentar a mãe, Kevin foi
uma criança muito esperta e perturbadora, todas as famílias da vizinhança,
tinham certo receio em se aproximar dele, e por isso ele nunca brincava com
outras crianças, também nenhuma pessoa que era contratada para ficar com o
Kevin quando Eva decidiu voltar para a empresa, ficavam na casa mais de alguns
dias.
Kevin desde pequeno se mostrou completamente
diferente, tínhamos uma criança que demorou a falar, não brincava e largou a frauda,
somente aos seis anos, por um motivo, fantástico, uma das melhores partes do
livro, foi quando ele largou a frauda, e essa mesma frauda que era usada para
mais uma vez afetar o psicótico de Eva. Passado os anos Kevin cresceu e
continuou a provocar a Eva de todas as maneiras possíveis, até se masturbar com
a porta do banheiro aberta fazendo barulhos altos para que a mãe pudesse ver,
ele fez; apesar dele ser muito inteligente, ele não se esforçava para fazer
absolutamente nada.
Segundo Eva, ele não sofria nenhum preconceito na
escola, o que outrora poderia “justificar” o que ele fez naquela tal quinta
feira, ele era respeitado na escola e todos tentavam manter uma distancia
segura, também não demonstrava nutrir alguma paixão por alguma garota da
escola, e nem sofreu nenhum desilusão amorosa, então te pergunto: Por que ele
fez isso?
No decorrer da narrativa e nutri um ódio
particular por um personagem, e não era o Kevin (preciso assumir que tenho um
fraco por personagens peculiares como Kevin, ou Téo de Dias Perfeitos, de
Raphael Montes). Contudo, comecei a odiar o pai de Kevin, o Franklin, não sei
porque mas na minha opinião ele teve grande parcela de culpa em que Kevin tenha
se tornado o que ele é, o Franklin é daqueles pais em que acreditava e tentava
justificar todas as coisas que o Kevin faziam desde sempre, ele tentava ser o
pai que não existe, na verdade infelizmente existem pessoas assim, porém o
Franklin me deixava com muita raiva desde o começo. Pelo seu tratamento a
Kevin.
Enfim Precisamos falar sobre o Kevin é um
livro que todos deveriam ler, por inúmeras razões, e perturbadoramente
perfeito, fantástico!
E a pergunta que faço a vocês: Porque?
Então pessoal essa foi a resenha de hoje, espero que
tenham gostado, se pensei que dei algum spoiler, estão completamente enganados,
pois a história é muito mais profunda e complexa do que resumi em poucas
palavras, e o que falar do final: chocante, inesperado, perturbador! Não se
esqueçam de se inscreverem aqui no blog e curtirem nossa pagina no facebook,
até mais!
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