Olá pessoal! Depois de algum tempo afastado do Estúdio Literário, estou voltando. Escrevi este conto, pois queria homenagear as mulheres. Espero que gostem!
Maria, uma
moça sofrida, vivia para os cinco filhos: Pedro, Thiago, João, Sueli e Judith.
Ela era uma nordestina porreta, que desde muito jovem vivia para a família. Seu
esposo, Francisco, era um homem muito machista e muito ruim.
Ele obrigou
Maria a vir para São Paulo, ela morava no interior do Piauí, porém, Francisco
queria Maria só para ele, queria maltrata-la. Como toda dona de casa, Maria era
devota de Nossa Senhora Aparecida e todos os dias rezava ao pé da santa e
acendia uma vela para o anjo da guarda.
Maria
morava em uma casa precária, Francisco tratava Maria como uma qualquer, porém
ela sempre tentou ama-lo como seu marido.
- João!
Preciso que você vá no mercado e compre uma lata de milho para mim! – falou ela
para o seu filho mais velho, dando o dinheiro em sua mão.
- Sueli
traga as roupas sujas dos seus irmãos para eu lavar! – gritou para a filha.
Sueli, sua
segunda filha, trouxe a pilha de roupa; e Maria foi lavar peça por peça. Era
interessante como Maria cuidava da casa. Ela sempre tentou deixar todos os seus
filhos confortados, e mesmo o marido não merecendo, sendo um cafajeste ela o
amava.
Francisco
chegaria de viajem naquele dia. Ele era caminhoneiro e vivia sempre em viajem, e
sempre traia Maria.
Ela fez o
almoço, quando João chegou com o que ela queria do mercado, terminou de fazer a
salada. Os filhos sentaram em volta da mesa e se lambuzaram no que ela havia
preparado.
Maria era
uma mulher com muita garra e resistência. Ela fazia jus ao nome, pois tinha o
mesmo nome da mãe de Deus. Seus olhos eram o mais puro e sua vida muito
sofrida, mas com carinho e delicadeza, Maria conseguia tudo.
Quando
Francisco chegou, ele queria a mulher só para ele. Estava fedido, ele tinha
chulé, e odor de CC. Sentou-se a mesa e ficou esperando ela por o prato dele.
Maria com toda paciência foi até ele e disse:
- Marido,
você não quer tomar um bainho para ficar cheiroso e comer a comida mais
frasquinho?
- Eu estou
faminto! – falou ele cuspindo. – Não preciso gastar água!
- Mas
Francisco... Eu pensei que teria você cheiroso hoje! – ela não queria nada com
ele, só queria que ele se banhasse. Para ele aquelas foram as palavras mágicas.
Correu para o banheiro, Maria correu para o quarto para pegar a roupa para ele.
O homem
saiu do chuveiro colocou a roupa que Maria tinha separado e comeu. Ele parecia
um ogro comendo. Arrotava na mesa, comia de boca aberta, deixava a comida cair
no chão entre outras porqueiras. As crianças morriam de medo do pai. Quando ele
chegava podia ter certeza que as crianças correriam para o quarto e ficariam
quietinhas.
O tempo foi
passando, as crianças crescendo e sendo bem cuidados por Maria, e
vagarosamente, Francisco começou a se lapidar. Maria estava conseguido fazer um
ogro virar um príncipe.
Dizem que a
mulher é o sexo frágil, mas na verdade ela é mais forte que muitos homens por
ai. As rotinas das mulheres são sempre agitadas, algumas trabalham em casa e na
rua, outras só em casa, porém são mulheres valentes e guerreiras que com muito sacrifício
criam seus filhos e modela o marido.
Maria
representa todas as mulheres sofridas, que amam seus filhos e ajudam seus
maridos, que mesmo não merecendo, amam eles.
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