Resenha: O Vilarejo
Autor: Raphael Montes
Lançamento: 2015
Editora: Suma de Letras
Gênero: Terror
Sinopse: No vilarejo, falar que o pecado mora ao lado é mais do que um dito popular: é uma grande verdade ameaçadora da qual os moradores se dão conta pouco a pouco. E, para alguns, é tarde demais. Como resistir ao mal? à luxúria, à ganância, à ira? Como não ceder aos pecados da carne quando o frio castiga, quando o frio e a fome tomam conta, quando uma força maior parece conspirar e rodear os moradores para que eles se entreguem a seus piores instintos.
A cada capítulo, conheça a história de um habitante, e como todas elas se entrelaçam para formar uma narrativa perturbadora e fascinante sobre nossa infinita capacidade de crueldade e compaixão.
Em narrativas que exploram as profundezas mais sombrias da alma humana, Raphael Montes narra com destreza a velha disputa entre o bem e o mal, a vida e a morte, a tentação e a salvação.
Descubra o que acontece no vilarejo quando a noite cai, as portas se fecham, e sua única companhia - e seu maior inimigo - é você mesmo.
Olá
pessoal, tudo certinho? O blog ficou um pouquinho em off, mas estamos voltando
com força total e não podíamos começar sem falar d’ O Vilarejo de Raphael Montes,
um dos melhores livros que li esse ano.
O Vilarejo é um livro de contos, especificamente sete.
Esses contos são baseados em sete demônios: Asmodeus, Belzebu, Mammon,
Belphegor, Satan, Leviathan e Lúcifer e cada demônio representa um dos sete
pecados capitais: luxúria, gula, ganância, preguiça, ira, inveja e soberba.
Cada conto representa um demônio ou pecado capital.
No início d’ O Vilarejo tem um prefácio, escrito por
Raphael Montes, que conta a história de como esses contos chegaram a suas mãos,
através de um sebo e que ele precisou traduzir os cadernos onde esses contos
estavam escritos, que ele foi o tradutor dos contos. E isso tem um grande
significado no final.
A escrita do
Raphael não deixa em nada a desejar, é perfeita. Enquanto vamos lendo cada
conto, mesmo se não nos lembrarmos qual pecado cada demônio representa, em
poucos capítulos conseguimos associar qual é o pecado da vez.
Também no prefácio somos informados que os contos
não seguem uma lógica e podemos ler em qualquer ordem. Particularmente, eu os
li na ordem que estava no livro, segui reto e direto e acho que a ordem que o
Raphael colocou foi fantástica e talvez se for ler em outra ordem, o enredo
geral do livro não funcione muito bem.
Os contos não estão em uma ordem cronológica, tem
histórias que aconteceram há anos, de outras. Personagens que são crianças em
determinado conto em outros já são adultas. Então sabemos que não é algo que
acontece de um dia para o outro e sim gradativamente. Um forte ponto da
narrativa, além de muitos outros é o próprio vilarejo e os moradores. Acho que
depois do terceiro conto, estamos tão envolvidos com o ambiente e os
personagens que a leitura passa muito mais rápido.
O trabalho gráfico do livro é fantástico, as
ilustrações representam perfeitamente cada conto, a diagramação. Um detalhe que
achei muito bom foi as gotas de sangue em algumas páginas, nas páginas que
narram as cenas mais fortes e cruéis. Isso foi um toque de gênio, seja lá quem
teve essa ideia.
O final do livro é inesperado e segue a grandeza de
toda a narrativa e o que falar do Posfácio? Sem palavras. O livro é foda, todos
deveriam ler, principalmente fãs de terror. Raphael Monte é um gênio da
literatura, e “O Vilarejo” só está aí para consagra-lo mais uma vez, como o
mestre do terror brasileiro.
Pessoal essa foi a resenha de hoje, espero que gostem dessa dica. Até mais.
Eu estava com vontade de ler este livro e, pela sua resenha, acho que está bem alinhado com as minhas expectativas.
ResponderExcluirParece ser bastante interessante e, além disso, precisamos valorizar os escritores brasileiros, e falta mesmo um quê de Stephen King por aqui.
Sucesso,
Ruh Dias
perplexidadesilencio.blogspot.com
Leia sim, o Raphael tem uma escrita única e não deixa nada a desejar. Adorei seu blog ;)
ExcluirOi,
ResponderExcluirGostei muito da sua resenha. Li O Vilarejo e também fui fisgada pela maneira direta do autor escrever.
Beijus
jusemfrescura.blogspot.com.br